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terça-feira, 11 de outubro de 2011

O impacto da crise na saúde mental dos trabalhadores


Um estudo publicado pela AISS (Associação Internacional de Segurança Social) põe em evidência os efeitos da crise económica, da crescente instabilidade do mercado de trabalho e do acentuar das desigualdades sociais na saúde mental dos trabalhadores.
O crescimento dos problemas de saúde mental, são um problema de bem-estar individual cujas implicações se estendem a toda a sociedade não só pelo impacto negativo sobre a produtividade das empresas mas, também pelos encargos que acarreta para a segurança social e o sistema de saúde.
Saiba mais, aqui.

sábado, 8 de outubro de 2011

Imigração e Sinistralidade Laboral


Portugal tem as taxas de sinistralidade mais altas da União Europeia. Da análise da sinistralidade laboral mortal e não mortal dos últimos anos, em função da nacionalidade, resulta que são os trabalhadores imigrantes os mais vulneráveis a acidentes. Não se verifica, contudo, uma relação causal entre o fenómeno da imigração e o problema da sinistralidade laboral. Por outras palavras, o aumento ou diminuição da imigração não influencia a respectiva evolução da sinistralidade laboral, uma vez que não são os países com mais imigrantes que apresentam as mais altas taxas de sinistralidade laboral. Em Portugal, em anos de aumento da imigração não se verifica por correlação o aumento da sinistralidade laboral no país. Há, pois, outros factores específicos inerentes ao próprio contexto de acolhimento de explicam a sinistralidade laboral na sua globalidade e/ou a segurança dos trabalhadores. Estas são algumas das conclusões de um estudo de Catarina Oliveira e Cláudia Pires que poderá consultar, aqui.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Todos pelo TRABALHO DIGNO !


A UGT, associou-se à Jornada Mundial pelo Trabalho Digno pretende-se com este dia sensibilizar os cidadãos, os representantes políticos e as principais instituições para a problemática do "trabalho digno". 
O trabalho digno, deve estar no centro de todas as políticas de cooperação para o desenvolvimento pois,  é a única estratégia sustentável para sair da pobreza, sendo fundamental para alcançar a coesão social e a democracia.
Sendo o respeito pela vida e pela integridade física e psicológica dos trabalhadores um direito, a segurança e saúde no local de trabalho são componentes indissociáveis do conceito de trabalho digno.

Saiba mais, aqui.



quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Sector da Limpeza - algumas considerações

O sector da limpeza é transversal a todas as actividades económicas definindo-se sobretudo pelas tarefas executadas. Trata-se de um sector em expansão cuja característica principal é a da relativa invisibilidade dos seus trabalhadores – mercê de horários de trabalho nocturnos. A prevenção de lesões aos trabalhadores do sector da limpeza requer a introdução de alterações, não apenas por parte das empresas de limpeza/empregadores mas, da própria percepção relativamente à forma como este trabalho é encarado pelas empresas onde prestam serviço nomeadamente no que toca a medidas de auto-protecção (é essencial um bom conhecimento do local de trabalho e dos riscos a ele inerentes).
A maioria dos trabalhadores deste sector são mulheres muitas das quais imigrantes, empregadas em regime de trabalho temporário, ora, a precariedade do trabalho, a rotatividade das trabalhadoras, a predominância dos horários nocturnos e as dificuldades de expressão em língua portuguesa (dado que muitas são imigrantes),bem como o facto de se tratar na sua maioria de trabalhadores/as pouco qualificados/as, tudo isto são razões acrescidas de preocupação nesta área.
Não é demais insistir na importância da formação destes/as trabalhadores/as. Só a criação de uma verdadeira cultura de prevenção pode levar à redução do número de acidentes, criando uma consciência dos perigos e a redução de comportamentos potencialmente perigosos.
A avaliação dos riscos associados ao equipamento de limpeza, a prevenção das doenças que frequentemente surgem associadas a esta profissão, designadamente as doenças musculo-esqueléticas e respiratórias mereceriam uma maior atenção. 
Utensílios mais ergonómicos e melhor adaptados ao trabalhador, informação relativa à melhor forma de levantar pesos, utilização de equipamentos mais adequados podem ser factores determinantes não só para reduzir drasticamente o número de dias de baixa por trabalhador como também para o desaparecimento das “queixas” antes que estas se instalem para ficar e, se tornem “casos clínicos”. É muito importante estar atento aos primeiros “ais” e eliminar as causas antes que as consequências se transformem em prejuízos para todos. O mesmo cuidado com a prevenção deve ser tomado relativamente aos produtos susceptíveis de provocar doenças respiratórias. Também aqui prevenir é agir, no sentido de alterar as condições de trabalho e consequentemente alterar/atenuar as razões “de queixa”. Pequenas alterações cujo custo é irrelevante podem fazer toda a diferença. 
Finalmente, considerando que nesta profissão existe um claro predomínio do número de mulheres, muitas das quais imigrantes trabalhando em horários nocturnos em edifícios desertos, as questões ligadas ao assédio são incontornáveis resultando em riscos acrescidos para as trabalhadoras.

domingo, 2 de outubro de 2011

As mulheres e a segurança e saúde no trabalho


A questão da segurança e saúde no trabalho para as mulheres que trabalham no seio da União Europeia é central para a compreensão do ambiente de trabalho. Pesquisas anteriores mostraram que a SST nas mulheres tem de ser melhorada.
Uma Pesquisa da Comissão Europeia mostrava que já em 1995, os problemas de saúde evidenciados pelas mulheres encontravam-se próximo ou, acima, de metade dos casos, por exemplo, alergias (45%), doenças infecciosas (61%), afecções neurológicas (55%), e problemas hepáticos e dermatológicos (48%). A situação não melhorou. Além disso, "os trabalhos das mulheres", tais como os serviços sociais e de saúde, o sector das limpezas, entre outros, destacam um aumento das taxas de acidentes, inclusive de acidentes mortais. Outro problema reside na maior susceptibilidade das mulheres relativamente à intimidação e assédio moral e sexual.
O relatório pode ser consultado, aqui.