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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013


Estudo: Acidentes de trabalho e suas repercussões num hospital ao Norte de Portugal

 

Com o objetivo de descrever os acidentes de trabalho num hospital ao Norte de Portugal e analisar as suas principais repercussões, foi realizado este estudo no período de 2008 a 2010.

A informação foi obtida recorrendo-se ao registro de notificação dos acidentes de trabalho, referentes a 387 trabalhadores/as.

A maior prevalência de acidentes recaiu nos técnicos superiores de saúde (56,1%), em trabalhadores do gênero feminino (81,9%), no grupo etário entre 30 e 39 anos (37,2%), com escolaridade superior ao 12º ano (55,8%), trabalhando por turnos (72,4%) e nos serviços de internamento (35,9%).

Alguns resultados do Estudo:

Ø  Foram notificados o total de 387 acidentes de trabalho, o que corresponde a taxa de incidência média, nos três anos, de 5,9%;

Ø  A distribuição, ao longo dos três anos, em valor absoluto e em taxa de incidência, foi a seguinte: 122 (5,8%) no ano 2008, 135 (6,1%) ano 2009 e 130 (5,6%) em 2010;

Ø  Verificou-se que houve aumento de 3% (7,3% em 2008 e 10,7% em 2010);

Ø  Em relação ao número de dias perdidos, verificou-se diminuição de 313 dias (1.428 em 2008 e 1.115 em 2010);

Ø  No que respeita às características do acidentado, 87,5% pertencia ao quadro efetivo da instituição;

Ø  A categoria profissional dos enfermeiros foi responsável por 48,3% dos acidentes, seguida dos auxiliares de ação médica (AAM) com 39%;

Ø  A prática de horário por turnos respondeu por 72,4% dos acidentes, sendo o turno da manhã aquele onde se verificou prevalência maior (51,9%);

Ø  Caraterizaram-se como acidentes in itinere 8,8%, sendo os restantes 91,2% acidentes típicos;

Ø  O internamento foi o local onde ocorreram mais acidentes (35,9%), apresentando o serviço de medicina maior notificação (15,5%), seguido do serviço de urgência (11,4%), da zona entre serviços/corredor (10,3%) e do bloco operatório (8,8%);

Ø  Em média, os acidentes ocorreram às 12h30, verificando-se que 45,5% dos acidentes ocorreram nas primeiras três horas de trabalho;

Ø  No primeiro dia de trabalho, após descanso semanal, observaram-se 36,7% das notificações;

Ø  Receberam os primeiros socorros no serviço de urgência 82% dos acidentados;

Ø  A principal ação que conduziu à lesão foi a picada de agulha/corte por objeto (45,7%), seguida da queda do trabalhador/objetos (28,7%) e dos esforços excessivos/movimentos inadequados (18,9%);

Ø  Essa tendência inverte-se quando se analisam os acidentes com ausência ao trabalho, aparece em primeiro lugar, como principal ação da lesão, a queda do trabalhador/objetos (12,1%), seguida dos esforços excessivos/movimentos inadequados (8,8%);

Ø  As ferramentas/utensílios foram responsáveis por 33,5% dos acidentes, o pavimento por 17% e a mobilização de doentes por 13,4%;

Ø  - Esses dados também diferem entre os acidentes com ausência ao trabalho, sendo nesses o pavimento o principal responsável (7,5%), seguindo-se a mobilização de doentes (5,2%);

Ø  O tipo de lesão mais prevalente foram as feridas (32,6%), sendo a parte do corpo mais atingida os membros superiores (MS) com 43,2%;

Ø  Do total de acidentes, 106 (27,4%) resultaram em incapacidade absoluta, verificando-se média de 10,2 dias de trabalho perdidos por acidente;


Saiba mais Aqui

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013


Tabagismo na União Europeia

Exposição ao fumo passivo reduzida, mas ainda demasiado elevada, diz relatório da Comissão


 
A proteção contra o tabagismo passivo melhorou consideravelmente na UE, de acordo com um relatório publicado hoje pela Comissão.
Cerca de 28 % dos cidadãos europeus estiveram expostos ao tabagismo passivo em bares em 2012 – uma diminuição de 46 % relativamente ao ano de 2009.
O relatório baseia-se nas comunicações dos 27 Estados-Membros em resposta à Recomendação do Conselho de 2009 sobre a criação de espaços sem fumo (2009/C 296/02), que instou os governos a adotar e aplicar legislação que garanta a plena proteção dos cidadãos contra a exposição ao fumo do tabaco nos locais de trabalho e recintos públicos fechados e nos transportes públicos.
O Relatório conclui, ainda:

• Todos os Estados-Membros comunicaram que já adotaram medidas destinadas a proteger os cidadãos contra a exposição ao fumo do tabaco.

• As medidas nacionais diferem consideravelmente em termos de alcance e de âmbito de aplicação. Cerca de metade dos Estados-Membros adotaram ou reforçaram a sua legislação sobre a criação de espaços sem fumo desde 2009. Muitos deles também começaram mais cedo.

• As taxas reais de exposição para os cidadãos da UE diminuíram globalmente de 2009 para 2012 (por exemplo, para os cidadãos que frequentam estabelecimentos onde se servem bebidas a taxa de exposição caiu de 46 % para 28 %). Existem, contudo, diferenças significativas entre os Estados-Membros.

• A Bélgica, a Espanha e a Polónia são exemplos de países em que a adoção de legislação global levou a uma redução muito significativa das taxas de exposição num breve lapso de tempo.

• Os efeitos positivos para a saúde decorrentes da legislação antitabaco são imediatos e incluem uma redução da incidência de ataques cardíacos e melhorias.


APROVADO DIPLOMA QUE PROÍBE VENDA DE BEBIDAS ESPIRITUOSAS A MENORES DE 18 ANOS

 
O Conselho de Ministros de 21 de fevereiro aprovou um novo regime de disponibilização, venda e consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos e em locais abertos ao público que visa, «como medida de saúde pública, colocar barreiras ao consumo de bebidas alcoólicas por adolescentes através do aumento da idade mínima de acesso e da proibição correspondente de venda, conforme recomendações da Organização Mundial de Saúde».

A nova lei do álcool, aprovada ontem pelo Governo, aposta no reforço da fiscalização nos estabelecimentos de consumo e proíbe a sua venda entre as 00:00 e as 8:00 em alguns locais, como bombas de gasolina. O Governo tinha anunciado o aumento para 18 anos da venda e consumo de bebidas alcoólicas, mas a proibição passa a ser feita apenas no caso de bebidas espirituosas.

Mantém-se, nesta medida, nos 16 anos a idade mínima legal para a compra de vinho e cerveja.

A fiscalização pode, em caso de flagrante delito, decretar o encerramento imediato do estabelecimento durante um máximo de 12 horas. Depois, além de uma multa, que pode ir dos 2500 aos 30 mil euros, o estabelecimento pode ser encerrado durante um período de até dois anos.

O Governo decidiu também proibir a venda de bebidas entre a meia-noite e as 8h00 fora dos estabelecimentos de restauração, bares e discotecas, assim como portos e aeroportos. Ou seja, as lojas de conveniência, os postos de combustíveis nas autoestradas não poderão vender álcool durante a noite.

Saiba mais Aqui.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013


Programa da Presidência da União Europeia

Compromissos em matéria de SST
 
O programa de trabalho da Presidência da UE é partilhado por três Estados-Membros ao longo de um período de 18 meses. O atual programa, intitulado «Para a estabilidade, o crescimento e o emprego», tem por objetivos gerar uma recuperação económica, bem como investir no crescimento do emprego. Isso inclui um conjunto de propostas nos domínios da saúde e da segurança.

Assim, no âmbito da Segurança e Saúde no trabalho são definidos os seguintes objetivos concretos:

- As Presidências continuarão os trabalhos sobre a nova diretiva relativa às prescrições mínimas de segurança e saúde em matéria de exposição dos trabalhadores aos campos eletromagnéticos. A nova diretiva deverá ser adotada até outubro de 2013 a fim de cumprir o prazo de transposição da Diretiva 2004/40/CE.

- Em 2013 será adotada uma nova estratégia comunitária para a saúde e a segurança no trabalho para 2013-2020.

- Além disso, espera-se que o Conselho aborde em 2013 um novo instrumento legislativo (reformulação) sobre as doenças profissionais que afetam o sistema músculo-esquelético (seguimento da segunda fase de consulta dos parceiros sociais) e uma iniciativa legislativa destinada a alterar Diretiva 2004/37/CE relativa à proteção dos trabalhadores contra riscos ligados à exposição a agentes cancerígenos ou mutagénicos durante o trabalho.

- O Conselho poderá prosseguir os seus trabalhos sobre a alteração da diretiva relativa à aplicação de medidas destinadas a promover a melhoria da segurança e da saúde das trabalhadoras grávidas, puérperas ou lactantes no trabalho ( "licença de parto").

Consultar o Programa.
 

Estigma e discriminação de quem tem sida vão ser estudados pela primeira vez em Portugal

Associação Ser + lança estudo sobre estigma do VIH/SIDA
 



A Associação Portuguesa para a Prevenção e Desafio à Sida - Ser + - apresenta hoje, o Estudo Stigma Index, a primeira investigação realizada em Portugal sobre o estigma das pessoas que vivem com VIH/SIDA.

Este estudo pretende fundamentar e analisar de que forma é que o VIH influencia a vida quotidiana de quem é portador do vírus, através das experiências vividas por pessoas com VIH/SIDA em relação ao estigma, discriminação e aos seus direitos, em Portugal.

A investigação nacional encontra-se inserida num estudo amplo realizado internacionalmente, em que os resultados dos diferentes países serão comparados, permitindo uma análise global dos dados.

Assim, o Stigma Index baseia-se em testemunhos de portadores do vírus da SIDA através de entrevistas presenciais realizadas por membros de uma rede de pessoas ligadas ao VIH/SIDA.

O Stigma Index pretende assim trazer uma dimensão mais pessoal sobre a realidade dos portadores do vírus, possibilitando o desenho de uma estratégia mais eficaz e proporcionar uma base de prova para a mudança política e intervenções programáticas.
 
Saiba mais.

Associação Sermais

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013


CENTROS DE SAÚDE VÃO TER KITS DE DIAGNÓSTICO RÁPIDO DO VIH/SIDA

 
 
O Ministro da Saúde, Paulo Macedo, anunciou que os centros de saúde vão ter kits de diagnóstico rápido para rastreio do VIH/sida com o objetivo de «tratar imediatamente as pessoas» e«evitar a propagação da doença».

Paulo Macedo falava no final da audiência concedida pelo Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho a uma delegação de organizações não-governamentais (ONG) na área da luta contra o VIH/sida, no âmbito do Dia Internacional do Preservativo que hoje, se assinala.

Paulo Macedo destacou ainda a importância de uma maior intervenção centrada nos jovens, uma vez que «muitos têm relações sem preservativo».

Questionado sobre a ausência de educação sexual nas escolas- uma das preocupações deixadas pelas ONG -, o Ministro da Saúde afirmou que os mais novos têm sido o alvo de algumas campanhas, mas que pretende chegar a grupos de população que não estejam tão bem identificados por se encontrarem «fora do sistema».

Consulte a notícia Aqui.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013


Estudo sobre Assédio Moral no Local de Trabalho

O caso do sector bancário português

Compreender o fenómeno do assédio moral no mundo do trabalho, levanta algumas questões. Porquê e como acontece? Quem são as vítimas? Quem são os agressores? Quais as consequências? Como a vítima se pode defender? Que proteção legal existe?

O fenómeno do assédio moral não é novo no mundo do trabalho. No entanto, o seu estudo é recente. A investigação sobre este fenómeno, no nosso país é, ainda, escassa, pelo que sugerimos neste Blog, a consulta da Tese de Doutoramento de Ana Teresa Verdasca[1] sobre o assédio moral no setor bancário português (elaborado sob a orientação de António Garcia Pereira).

Foi realizada uma análise empírica, utilizando simultaneamente uma metodologia quantitativa e qualitativa, e tendo como objetivos específicos os seguintes:

Ø  Medir o nível de incidência de assédio moral quer em termos de auto-percepção (subjetivo) quer em termos comportamentais (objetivo);

Ø  Caraterizar a experiência de ser alvo de assédio moral, identificar os comportamentos mais frequentes e principais estratégias utilizadas pelas vítimas, no decorrer do processo;

Ø  Analisar a relação entre diversos fatores organizacionais e socioeconómicos e a ocorrência de assédio moral no local de trabalho;

Apontam-se algumas Conclusões:

·         5,9% dos inquiridos foram alvo de assédio moral frequente nos últimos 12 meses, 24,8% foram alvo de assédio ocasional e 69,3% nunca foram alvo de assédio moral;

·         23,4% dos inquiridos foram testemunha de situações de assédio moral no seu local de trabalho;

·         42,4% das vítimas a experiência de assédio teve uma duração superior a 3 anos;

·         A maioria dos casos (46,7%) refere ter sido vítima juntamente com os colegas do grupo de trabalho;

·         Uma percentagem relativamente menor de vítimas (43,3%) refere ter sido alvo de assédio de forma isolada;

·         Na maioria dos casos (53,6%) as vítimas de assédio frequente referem ter sido assediadas por agressores do sexo masculino e 39,3% por agressores de ambos os sexos, sendo que apenas 7,1% dos alvos referem ter sido alvo de assédio por agressores do sexo feminino;

·         Relativamente à posição formal dos agressores, 75,8% das vítimas referem ter sido alvo de assédio por parte de um superior hierárquico, enquanto apenas 15,2% referem, como agressores, os colegas de trabalho;

·         No que se refere aos comportamentos mais frequentes, as vítimas de assédio moral de carácter severo (ou frequente) referem “frequentemente” que em 69,7% dos casos “As suas opiniões ou pontos de vista são ignorados”, em 57,6% dos casos “O seu trabalho ou os esforços que faz para o realizar são persistentemente criticados” e “tem uma carga de trabalho excessiva”;

·         54,5% dos casos “O seu trabalho é excessivamente controlado”. Estas mesmas vítimas de assédio moral frequente referem que, ocasionalmente, em 30,9% dos casos “Tem uma carga de trabalho excessiva”, em 23,7% dos casos “O seu trabalho é excessivamente controlado”, e em 21,6% dos casos “É-lhe sugerida a realização de trabalhos claramente abaixo do seu nível de competência”;

·         Relativamente às estratégias seguidas pelas vítimas de assédio moral frequente ou severo, quando confrontadas com uma situação de assédio, temos que as estratégias mais frequentemente utilizadas, de forma frequente, são: “Pensou em mudar de emprego” (57,6%), “Decidiu ignorar a situação e proceder como se nada se passasse” (51,6%) e “Dedicou-se ainda mais ao seu trabalho” (48,5%); ocasionalmente133 “Pediram ajuda aos seus colegas de trabalho” (57,65), “Decidiram dedicar-se ainda mais ao seu trabalho” (48,5%) e “Enfrentaram o agressor respondendo na mesma moeda” (45,5%).


Consulte o Estudo sobre Assédio Moral no Local de Trabalho

O caso do sector bancário português Aqui.



[1] 1Doutorada em Sociologia Económica, membro do SOCIUS, Universidade Técnica de Lisboa

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013


Trabalha Sem Álcool e Drogas

Por Ti e pelos Outros


 Campanha de Prevenção do Uso/ Abuso de Álcool e Droga em Meio laboral

Tendo em conta que o local de trabalho é um espaço de excelência para atuar sobre os problemas das dependências e promoção de hábitos de vida saudáveis a UGT, no âmbito do Fórum Nacional Álcool e Saúde, está a promover uma Campanha com o objetivo de prevenir o consumo de álcool e drogas em meio laboral, tendo presente que este problema deve ser objeto de uma intervenção global, integrada e participada envolvendo Sindicatos, Trabalhadores e seus Representantes para a SST, bem como os órgãos de decisão da empresa e seus serviços de SST.

Foram, neste sentido, editados um folheto dirigido a Sindicatos e a RT’s SST e um outro dirigido a Trabalhadores, bem como um cartaz de sensibilização.


A União Pela Vida
Trabalho Sem Alcool e Drogas
Sindicatos e RT’s SST
Trabalhadores
 

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013


Diretrizes para a Vigilância do Cancro Relacionado ao Trabalho

 

Estudo


Um Estudo desenvolvido pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) revela que, pelo menos, 19 tipos de tumores malignos, entre os quais, o cancro do pulmão, da pele, do fígado, da laringe e do sangue podem estar relacionados com a atividade profissional e com o ambiente de trabalho do doente.
 
Estes dados constam da publicação “Diretrizes para a Vigilância do Câncer Relacionado ao Trabalho”, lançada por este Instituto, recentemente.
 
O levantamento, que reuniu as últimas pesquisas mundiais sobre o cancro relacionado com o trabalho, revela desde as substâncias mais comuns associadas ao desenvolvimento de tumores malignos, como o amianto (ou asbesto) –classificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como cancerígenas – até produtos aparentemente inofensivos, como poeiras da madeira e do couro, além de medicamentos, como os antineoplásicos, por exemplo.
 
Trabalhadores de profissões como as de cabeleireiro, piloto de avião, comissário de bordo, farmacêuticos, químicos e enfermeiros são mais propensos ao desenvolvimento desses tumores.
 
Sublinha a necessidade imperativa dos profissionais dae saúde questionarem os doentes diagnosticados com cancro qual foi a atividade profissional desenvolvida, partindo da elação que é diminuta a frequência com que o médico questiona o doente sobre a sua ocupação profissional. Só desta forma será possível identificar e registrar os casos de cancro relacionados com o trabalho.
 
Esta publicação fornece, pois, conteúdo didático sobre os principais agentes cancerígenos, sobre os tumores malignos por eles provocados e sobre a sua associação com algumas ocupações específicas.
 
Um aspeto a ressaltar, prende-se com a Prevenção - De acordo com as diretrizes do INCA a principal estratégia para reduzir o número de tumores malignos relacionados com exposições ocupacionais, consiste na eliminação ou redução da exposição aos agentes causadores. Desse modo, o primeiro passo para prevenir o cancro deverá ser a identificação de agentes conhecidos por causarem o aumento do risco para a doença.
 
Os principais grupos de agentes cancerígenos relacionados ao trabalho incluem os metais pesados, agrotóxicos, solventes orgânicos, formaldeído e poeiras (amianto e sílica).
 
A prioridade da prevenção é a remoção da substância cancerígena das atividades exercidas pelos trabalhadores. Enquanto isso não acontece, as recomendações alternativas são: evitar a exposição e gradualmente eliminar o uso desses agentes, restringir o contato com cancerígenos a determinadas atividades, com a adoção de níveis mínimos de exposição, associado ao monitorização do ambiente de trabalho, além da redução diária de exposição.
 
 

Dia Mundial de Luta Contra o Cancro

 
O Dia Mundial de Luta Contra o Cancro celebra-se, anualmente, no dia 4 de fevereiro.

Este Dia tem o objetivo de chamar a atenção para o Cancro e incentivar a sua prevenção e tratamento.

O Cancro é uma das principais causas de morte no mundo. Estima-se que a doença será responsável por mais de 84 milhões de mortes entre 2005 e 2015.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 40% de todos os Cancros podem ser prevenidos e outros podem ser detetados numa fase precoce do seu desenvolvimento, tratados e curados.

O Cancro relacionado com o local de trabalho, igualmente, não pode ser esquecido. Com efeito, importará conferir maior importância a esta problemática, não só no que toca à produção de investigação e informação para a prevenção, mas também, no que se refere ao desenvolvimento de estratégias de intervenção.

Em setembro de 2012 foi realizado um workshop «Carcinogens and Work-related Cancer» (Agentes Cancerígenos e Cancro relacionado com o Trabalho), organizado pela EU-OSHA, cujas conclusões entre outras, foram:

- A pesquisa e todas as intervenções com vista ao reconhecimento do Cancro relacionado com o trabalho terão que ter em atenção as alterações do mundo laboral, designadamente, o aumento da subcontratação, o trabalho temporário, o emprego feminino em ocupações expostas, os horários atípicos de trabalho, as exposições múltiplas, etc. Todos estes desafios necessitam de ser abordagens específicas.

A EU-OSHA tem, aqui um papel fundamental na sensibilização e no fornecimento de dados e evidências sobre os riscos emergentes, bem como na partilha de experiências das soluções de boas práticas e políticas;

- Existe uma necessidade crescente de identificar os grupos mais vulneráveis e «invisíveis» que se encontram expostos ao Cancro no local de trabalho, mas cujos riscos e processos cancerígenos são muito pouco referidos na informação sobre exposição e nas estratégias de intervenção;

- É necessária uma visão mais ampla sobre as causas do Cancro relacionado com o trabalho. Determinados estilos de vida como a obesidade, o tabagismo, o uso de álcool, etc., não são exclusivamente individuais, mas podem ser determinados pelo ambiente de vida e de trabalho (por exemplo, a insegurança económica, o acesso a alimentos saudáveis ​​e instalações, o fácil acesso às bebidas alcoólicas no trabalho e a forma como o trabalho é organizado).


Amianto nas Escolas
                                         
Um potencial Inimigo da Saúde Pública

Recentemente alunos de uma escola de Amares numa atitude de protesto contra a existência de amianto na escola boicotaram as aulas.

O protesto contra o amianto, existente na cobertura do polidesportivo, é uma iniciativa de alerta por parte dos 800 alunos.

O amianto existe em muitas escolas do país, escolas construídas logo a seguir ao 25 de abril, nomeadamente na cobertura de pavilhões e telheiros.
 O perigo do amianto reside na inalação de poeiras, pelo que o problema se coloca sobretudo nos pavilhões que estão sujeitos a impactos de bolas de desporto, locais em que a existência de amianto, nas escolas, é bastante frequente.

 A legislação exige que se faça um levantamento exaustivo e que se estabeleçam planos de remoção faseados. Algumas escolas do país já promoveram essa remoção em resultado da pressão dos pais dos alunos.

 Contudo, no essencial, a grande maioria das escolas ainda não procederam a essa remoção e o fibrocimento, que está nas coberturas de muitas, com o tempo tem tendência a deteriorar-se, produzindo partículas sujeitas a inalação.

 Em teoria, devia existir um inventário do Estado sobre os edifícios públicos com amianto, conforme a Resolução da Assembleia da República aprovada por unanimidade, em 2003, e que definia o prazo de um ano para o Governo para proceder à listagem.

Se esta listagem existe, não foi divulgada, pelo que desconhece-se ao certo quantos edifícios públicos têm amianto e o que deve ser feito para remover este material cancerígeno ou para o impedir de afetar a saúde dos utentes.

 Certo é que a existência de amianto constitui um potencial problema de saúde pública.

 
Assim, importará questionar o Governo nos aspetos seguintes:

1- Procedeu o Governo ao levantamento das escolas públicas que contêm fibras de amianto na construção ou requalificação de edifícios, instalações e outros equipamentos?

2- Essa listagem já foi elaborada?


3- Procedeu já o Governo à calendarização da monitorização das ações corretivas?


4- Procedeu já o Governo à definição das regras de segurança a adotar?


5- Procedeu já o Governo à obrigatoriedade de informação a todos os utilizadores destas escolas?